Kauê Preto, em sua coluna de estreia, fala sobre a descoberta do amor pelo basquete
Umas das coisas mais lindas que me levaram a gostar do basquete foi a enterrada, e meus amigos, nós não enterramos, mas gostamos de plantar!
Dentro do basquete em cadeira de rodas eu escutei muitas histórias, conheci pessoas incríveis e a sementinha do basquete em cada um foi plantada de maneira diferente e, claro, com resultados diversos, mas mesmo assim parte de um único jardim.
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Alguns criaram raízes e estão firmes e fortes, crescendo dentro e junto do esporte; já outros iniciaram suas trajetórias esportivas em outras modalidades e encontraram no basquete seu lugar, quase como uma muda que pega em terra boa e cresce acompanhando as demais, de forma saudável e com o mesmo potencial de crescimento.
Os frutos são inimagináveis de lindos – e deles já se inicia mais um ciclo novo, mas como eu disse, cada um cria e cultiva a sua planta de um jeito. Uma semente tem infinitas possibilidades e diferentes caminhos, cada um com clima e lugar diferentes, mas eu te garanto que pega em qualquer lugar.
Às vezes a gente quer só bater uma bola, sabe? E foi depois de jogar a primeira vez em uma quadra linda de madeira, sentado numa cadeira incrível e rápida, com a bola na mão, que eu me senti realmente igual aos atletas que eu admirava na TV.
Foi ali, naquele momento, no meu primeiro treino, que minha semente explodiu e sabe qual foi meu primeiro pensamento? Então isso é que é se divertir jogando bola!
Naquele momento, eu criança, só queria jogar bola e achar divertido – e isso continua até hoje. E qualquer pessoa que pode jogar o basquete em cadeira de rodas pensa isso também. É uma diversão para você que passou o dia todo trabalhando, ou teve um dia daqueles na escola e quer apenas se divertir com os amigos no racha, sabe? Regar um pouco a sua plantinha – e se você não plantou sua sementinha, dê essa chance para o basquete! Vá bater sua bola!
O esporte sempre nos ensinou muito, e uma coisa que todos nós levaremos são nossas experiências compartilhadas dentro e fora de quadra. Mesmo que daqui a cinco ou dez anos você não se veja dentro do basquete, eu tenho certeza absoluta de que você ainda vai estar amando o jogo, sem arrependimento nenhum de ter cuidado da sua sementinha, ou só esperando o dia do rachão.
No final do dia, quando deitar a cabeça no travesseiro e pensar naquele arremesso, naquele pique que você perdeu, ou até na queda que você levou e se levantou com a ajuda dos seus amigos, nas batidas de cadeira e rodas quebradas (ai, que saudades das rodas quebradas!), quando você estiver de olhos fechados e repassando as imagens na sua cabeça… Eu tenho certeza que vai ser com o coração quentinho. A gente pode não enterrar, mas a gente planta e colhe amor.
Meu nome é Kauê, e eu espero ver vocês sempre aqui, dividindo comigo essas histórias de dentro do basquete, cheias de amor e coletividade pra suprir os desafios que a vida dá, e que graças aos pneus rápidos numa quadra de madeira ou na quadrinha da vila, nós vamos driblando!
Nos vemos aqui no Área Restritiva!

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